Amanhã

Amanhã, quando a luz vier em minha direção, vou tentar ser forte e olhar pra ela, sem desviar o olhar, sem me cegar.

Vou me permitir olhar, porque é só isso que me é permitido, e de longe.

A luz do meu Sol, de perto, apaga. E o calor do meu Sol, de perto, queima.

Mas o meu peito é Fênix. Eu não sou forte, mas ele é; ele apanha, mas ainda bate, não pelo meu Sol, mas por mim, que insisto nele que apaga e queima, me apaga e me queima.

Victor Maia,

em 21 de março de 2011, 00h26.

Motivos

Eu te amo pelo simples fato de que não sou eu quem escolhe.

Eu te amo por não ter mais forças pra lutar contra isso.

Eu te amo pelo que passamos e pelo que você me fez passar na sua ausência.

Eu sei que te amo quando invento o seu toque e sinto seu perfume ao te ver passar bem longe.

Eu sei que te amo muito porque eu não teria medo de um sentimento pequeno.

Eu sei que te amo grande porque todas as pancadas que recebi não somam um sexto do amor que eu sinto.

Eu sei que te amo muito quando observo que sou um preguiçoso, mas a luta de te ter comigo é a única da qual não me canso.

Quisera eu nunca ter te conhecido.

Quisera eu contradizer esse pensamento, sabendo que só contigo pude saber que o amor te eleva, mas te derruba tão intensamente quanto elevou.

E quando você pensa que já está no chão, ele consegue, sem um mínimo de esforço, te derrubar ainda mais, bem mais abaixo.

E o amor também é paciente. E paciência leva tempo. E o tempo te consome.

Victor Maia,

em 12 de março de 2011, 03h08.